domingo, 21 de agosto de 2011
- A música é ouvida de outro modo. Execução por canais, às vezes silenciosos, inaudíveis mesmo, celebrantes contudo de outra espécie de reunião. A música se faz mais rápido e com maior acesso, sem mais atravessadores. Todos podem compô-la.
- Sim, há essa mudança. Não se dá notícia, entretanto, de uma comemoração imediata. Este ponto é o mais avesso à dança, à idéia que você desenvolve, Bembe.
- Claro, os transmissores ocupavam antes um lugar que hoje são dos próprios usuários-ouvintes-executores-dançarinos.
- Os condutos se multiplicam, entretanto não há sucesso, descoberta conjunta, plataforma de lançamento, rosto e rito de emissão.
- Sim, a música e seu modo de ser mediada compõem uma só peça, uma outra forma de estar no tempo e no espaço de cada um.
- Sim, é para cada um, feito código. O que você ouve? Qual é o aparelho? Em qual tempo mesmo?
- Só o que vem de agora. Não dá para assobiá-la.
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