domingo, 3 de outubro de 2010

Alto sonho erótico - alardeado e completo em si sem destinatário.

Soma de tudo vivido e nunca por se preencher, dando-se como sonho
(numa senha ou, talvez, sombra de senso).

Um homem desconhecido dá carona a uma mulher que o escolhe para avançar dois bairros durante a chuva (Abrigo Meriva) -
Ele se condói ao perceber que a caroneira deixou-lhe um brutal tesão - Ele fala,
o motorista, sobre o que mais deseja. Passa a expor em voz alta o que pensa em repentina
exibição do pau sob o punho direito, no meio do trânsito - Estou com um puta tesão naquela
que entrou por pouco - No carro, na minha história - A mulher falou onde trabalha (Ele vai
até o celular e resolve tudo. Colhe informação onde encontrá-la e logo sua cabeça baixa não para se sugar em volta-cobra de acrobata, mas para colocar a prega da buça em primeiro plano, tal qual a réstia de um falo colhido por trás de quem o vê).

Assito ("eu") a cena, deitado com alguém (indiviso) - Há uma tv que se desfoca nesse auge do encontro (mirim, mínima) a transmitir o desejo do motorista do Meriva - "Não há como colocar cor na imagem?" (Pergunto, eriçado, a encostar minha pica no pé da pessoa deitada comigo).
E, assim, gozo com o consentimento comparsa, mudo, assim distraído a mirar o mesmo resíduo de filme, a obter tudo pela imagem frágil, borrada, tal como explodo na real e acordo com o creme, a água, a prova de corpo dissolvido que tenho em mim.

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